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TAP - Greve dos trabalhadores da escala do Porto


É com grande preocupação que temos vindo a assistir, e registar de forma factual, à completa deterioração das relações laborais entre trabalhadores e Chefia da Escala TAP, no que diz respeito especificamente à Escala do Porto.

Com efeito, os sucessivos episódios registados e reproduzidos pelos trabalhadores, põem a nu uma clara tendência para a prepotência e autoritarismo por parte da chefia de escala local, em clara violação tanto da regulamentação interna da empresa, no que concerne por exemplo ao Código de Ética do Grupo TAP e ao regulamento de limitação de poderes de chefia, como também, noutras situações, do próprio A.E.

Desde a não contabilização de trabalho extraordinário, em prolongamento/antecipação ou por falta de intervalo de refeição, a desconfiança e colocação em dúvida quanto à boa-fé dos trabalhadores em relação a esquecimentos de picagem, passando pela ineficiente organização dos tempos de trabalho e pela desconsideração pelas opiniões válidas dos subordinados, demonstram um grosseiro desrespeito pelo valor daqueles que todos os dias são a cara da companhia, desempenhando as suas funções com competência e qualidade.

Esta linha de actuação, de ostensiva falta de capacidade de gestão das relações humanas, a par dos constantes tiques absolutistas que pairam na gestão operacional, cava cada vez mais fundo o fosso da dialética trabalhador/entidade patronal, atirando para os mínimos os níveis de motivação dos trabalhadores.

Visto que estamos convencidos que na persecução dos objectivos organizacionais de uma TAP moderna, que não enjeita as suas responsabilidades sociais, que transforma a saúde das relações interlaborais em proveitos, que privilegia o reforço positivo em detrimento de regimes punitivos, nessa TAP, que todos almejamos, não há lugar para demonstrações terceiro-mundistas pequenas, estamos já a diligenciar no sentido de agendar uma reunião com a Direcção de Recursos Humanos, para que, de viva voz, possamos fazer chegar a quem tem poder de decisão, as arbitrariedades cometidas na escala, que se quedam encapotadas pela distância geográfica.

Em conjunto com esta medida, o STTAMP irá submeter de imediato um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário, com efeitos a partir do dia 5 de Setembro de 2017, incluindo ainda um período diário de greve efectiva entre as 12:00h e as 14:00h, com a duração até ao dia 5 de Outubro de 2017.

Em caso de dúvida, não hesitem em contactar os delegados e dirigentes, assim como os serviços centrais do STTAMP.

STTAMP: Mais perto de quem trabalha

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