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A unidade faz-se no local de trabalho, com os trabalhadores


Depois de, na reunião da semana passada, a administração ter sugerido que os sindicatos apresentassem uma proposta convergente, tal foi possível apenas com o STTAMP, tendo-se realizado hoje nova reunião de negociação entre a SPdH e todos os sindicatos.

Nesse sentido e não esquecendo que o SITAVA e o STTAMP representam cerca de 70% dos trabalhadores sindicalizados, apresentámos uma proposta convergente e que respeitava, no essencial, a proposta que o SITAVA aprovou em plenário de trabalhadores realizado para o efeito e que se traduz numa proposta progressiva.

A proposta do SITAVA está, desde a primeira hora, disponível a todos no site do SITAVA, para lá do amplo debate público e explanação em diversos comunicados.

A proposta original do SITAVA consubstanciava um aumento de 50€ para os salários mais baixos (alguns deles hoje já inferiores ao salário mínimo nacional), e 30€ para os restantes graus, sendo a proposta original do STTAMP de um aumento de 4,5%.

No entanto, no espírito de apresentação de uma proposta convergente, a mesma foi reformulada na versão enviada na passada sexta feira, respeitando o princípio da progressividade.

Assim, a proposta enviada traduz-se num aumento de 60€ nos escalões iniciais mais baixos, 50€ nos graus 0, 0.1 e 0.2 e um aumento de 3,5% nos restantes graus.

Essa proposta conjunta que enviámos na sexta-feira incidia apenas sobre o vencimento base, pois foi esse o âmbito colocado para esta reunião, com o compromisso de serem negociadas em seguida outras matérias do AE, designadamente outras cláusulas de expressão pecuniária, modelos de horários de trabalho e tempos de descanso.

Quanto às anuidades e tal como escrevemos no comunicado anterior só queremos o cumprimento do AE: devem-nos 4. Ou acordamos o pagamento das 4, ou o processo seguirá para tribunal. Não somos a santa casa da misericórdia da SPdH para dar ainda mais para o peditório! Bem bastaram todas as malfeitorias feitas em 2012!

Hoje, a administração apresentou uma primeira proposta que se traduzia no seguinte:

- Actualização das tabelas salariais e indexação a todas as cláusulas de expressão pecuniária associadas, com arredondamento para o € superior, a aplicar a todas as Categorias Profissionais, na seguinte forma:

- 2,5% para os graus de Iniciado ao 0.2;

- 1,5% para os graus I a IV;

- 0,5% para os graus V e superiores.

- Aumento de 5% no valor do Subsídio de Refeição, aplicável a todos os portadores de Cartão Refeição, i.e. para quem quiser aderir ao cartão e para quem já seja portador do mesmo.

Respondemos que ainda que o princípio vá de encontro à nossa proposta os valores eram inaceitáveis pois eram muito baixos.

Depois de um breve intervalo, a administração apresentou uma nova proposta traduzida no seguinte:

- Actualização das tabelas salariais e indexação a todas as cláusulas de expressão pecuniária associadas, com arredondamento para o € superior, a aplicar a todas as Categorias Profissionais, na seguinte forma:

- 3,0% para os graus de Iniciado ao II;

- 2,0% para os graus III a V;

- 1,0% para os graus VI e superiores.

- Aumento de 10% no valor do Subsídio de Refeição, aplicável a todos os portadores de Cartão Refeição, i.e. para quem quiser aderir ao cartão e para quem já seja portador do mesmo.

Reiterámos que os valores são ainda insuficientes, sendo que com esta proposta se manteriam 6 graus abaixo dos 600€, que em breve corresponderá ao salário mínimo nacional.

É para nós primordial que os salários mais baixos, precisamente dos trabalhadores que tendo sido temporários com o antigo AE ganhavam mais 200€ de vencimento base do que passaram a ganhar no novo AE, sejam efectivamente melhorados e deixem para trás a linha do salário mínimo nacional que a ninguém deve orgulhar!

Ficou marcada nova reunião de negociado salarial para dia 16, pelas 11:00, sendo que apresentaremos ainda esta semana uma nova proposta perante os dados entretanto enviados pela empresa, contando que possamos assim chegar a um acordo que dignifique todos os trabalhadores.

Seguidamente negociaremos algo que é um compromisso nosso desde a primeira hora: a alteração do modelo de horários de trabalho, apesar de haver quem, à mesa das negociações ache "despropositado" falar de horários...talvez porque não os pratique!

Logo que se justifique convocaremos um plenário de trabalhadores com o objectivo de explicar todo o processo negocial que, esperamos, possa ter um desfecho que vá de encontro aos anseios dos trabalhadores.

Mais perto de quem trabalha

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